Celebrado no dia 15 de outubro, o Dia do Médico Neurologista destaca a importância de cuidar do sistema nervoso. É desse sistema que recebemos todos os comandos para pensar, nos movimentar ou ter emoções. Devido à sua importância, quando algo não vai bem no sistema, isso reflete diretamente na realização de atividades cotidianas. De acordo com dados levantados pela Organização Mundial da Saúde, 4 a cada 10 pessoas sofrem com doenças neurológicas no mundo, sendo as mais comuns a Doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, AVC - Aneurisma e Acidente Vascular Cerebral, depressão e enxaqueca.
As doenças do sistema nervoso podem atingir as pessoas em todas as idades, mas algumas são mais comuns em fases específicas da vida, como explica o neurologista do Policlínica Hospital de Cascavel, Dr. Paulo Carrilho. “Todas as doenças degenerativas neurológicas estão a aumentar com o envelhecimento da população. Alzheimer, Parkinson entre outras já são consideradas problemas de saúde pública. Quadros psicogênicos pelo estresse da vida moderna, assim como aumento no diagnósticos de Transtornos de Espectro Autista e TDAH têm sido observados na população infantil. Doenças cerebrovasculares estão entre as maiores causas de mortalidade e morbidade e a enxaqueca continua a ser extremamente frequente em adultos jovens”, afirma.
Sinais de alerta
Sintomas como dores de cabeça, dificuldade para dormir ou fraqueza nem sempre são sinais de problemas neurológicos, porém se forem se intensificando e acompanhados de outros sintomas, é preciso investigar. “Já na terceira idade, o declínio da memória em idoso sempre é sinal de alarme para Alzheimer. Lentidão motora e tremores são sinais de Parkinson”, explica o especialista.
Prevenção e tratamentos
Não existe ainda cura para muitas doenças do sistema nervoso, mas em contrapartida, é uma das áreas que mais avança em pesquisas para tratamentos e terapias, que em alguns casos incluem medicamentos para amenizar os sintomas ou até cirurgias. “Diversos tratamentos que trazem benefícios no sintoma nervoso já estão disponíveis para Alzheimer e Parkinson. Infelizmente, nenhum é curativo", afirma o neurologista.
Segundo o Dr. Paulo Carrilho, um artigo publicado recentemente pelo jornal The Lancet trouxe uma atualização sobre os 14 principais fatores de risco "modificáveis", que podem ser prevenidos na Doença de Alzheimer. “De acordo com esse artigo, até 45% de redução de risco estimado é possível em se cuidando desses 14 fatores. Inatividade física, diabetes, dislipidemia, baixa escolaridade e surdez estão entre esses 14 fatores de risco. Recomenda-se, portanto, o controle desses fatores para diminuir as chances de desenvolver Alzheimer.”